Prisão de Gilson Machado antecipa debate sobre eleições para o Senado em Pernambuco 3u2n5g

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Após ex-ministro sair da prisão, filho dele disse que vai lutar ‘com todas as forças’ para elegê-lo em 2026; em 2022, o aliado de Bolsonaro tentou a vaga no Legislativo, mas não conseguiu

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2025 16h02 - Atualizado em 14/06/2025 16h34
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Genival Fernandes Vieira/UAI Foto/Estadão Conteúdo Gilson Machado Gilson Machado negou qualquer envolvimento em um plano para auxiliar a fuga de Mauro Cid

A prisão do ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), nesta sexta-feira (13), reacendeu a mobilização de aliados de Jair Bolsonaro em torno da eleição para o Senado em 2026, em Pernambuco. Detido pela Polícia Federal no Recife, Machado é suspeito de tentar intermediar a emissão de um aporte português para o tenente-coronel Mauro Cid, com o objetivo de facilitar uma possível fuga do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O órgão vê indícios de obstrução de Justiça e participação em organização criminosa. Segundo a PF, Machado teria procurado o consulado de Portugal no Recife no dia 12 de maio. Embora o documento não tenha sido emitido, a tentativa levantou suspeitas de interferência nas investigações sobre as articulações supostamente golpistas após a derrota eleitoral de Bolsonaro em 2022. Além da alegada tentativa de obtenção do aporte, a PF também apura uma campanha de arrecadação de fundos em nome do ex-presidente, promovida nas redes sociais de Gilson, o que reforçou o interesse dos investigadores sobre suas atividades.

Ao chegar ao Instituto de Medicina Legal para exame de corpo de delito, Machado negou qualquer envolvimento em crimes. “Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do aporte do meu pai, um senhor de 85 anos”, afirmou. Ele também negou ter ido pessoalmente a consulados ou embaixadas.

Nas redes sociais, o filho do ex-ministro, Gilson Machado Filho, afirmou que a família está “profundamente triste” e denunciou o que classificou como uma “prisão sem motivo”. Em tom político, anunciou que irá se engajar na campanha do pai ao Senado em 2026. “Vou lutar com todas as minhas forças para te eleger senador da República. Tenho certeza de que o povo de Pernambuco fará o mesmo. Estamos cansados dessa perseguição.”

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Gilson Machado é um nome conhecido no bolsonarismo em Pernambuco. Veterinário e sanfoneiro, presidiu a Embratur, integrou as tradicionais “lives” do ex-presidente Jair Bolsonaro e disputou o Senado em 2022 e a Prefeitura do Recife em 2024, sem sucesso. Nas redes sociais, se define como cristão conservador e fiel ao ex-presidente, a quem chama de mentor político. A candidatura ao Senado em 2026 já era cogitada por aliados, mas a prisão muda o cenário e pode tanto mobilizar a base bolsonarista em Pernambuco.

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